quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Literatura Chinesa: Shangai Baby, de Wei Hui

Banido publicamente do território chinês, como nos bons velhos tempos da Revolução Cultural, este romance irreverente conta a história de Coco, uma empregada de café cuja curiosidade e entusiasmo pela vida conduzem a um destino alucinado sob o cenário cintilante das noites de Xangai. Dividida entre dois amantes e consumida pelos sentimentos contraditórios de relações inconciliáveis, Coco começa finalmente a perceber quem é. Este será o primeiro passo para reivindicar a sua liberdade numa China à beira da revolução social e sexual.

Wei Hui (lê-se Uei-Uei) nasceu e 1973. Filha de um oficial do exército chinês, passou três anos da sua infância instalada num templo ocupado pelas forças militares, que expulsaram os monges durante o caos da Revolução Cultural. Estudou literatura na Universidade de Fundan, em Xangai. Depois da publicação deste romance, Wei Hui passou de estrela em ascensão da nova geração a escrava debochada e decadente da cultura ocidental. Wei Hui diz-nos que este romance é uma história semiautobiográfica sobre o seu amadurecimento espiritual e sexual. «Cresci no seio de uma família muito severa. O meu primeiro ano de faculdade passou-se num campo de treino militar. Depois disso, a revolta e a subversão eram inevitáveis. E foi sobre isso que escrevi.»

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