domingo, 15 de dezembro de 2013

A espiral e o labirinto

Conchas, constelações. Vasos marajoara, danças sagradas, roda, ciranda. A forma do Universo é espiralada, e assim, foram muitas as civilizações que buscaram sua medicina na forma espiral. Girando em espiral, plantando em espiral, construindo aldeias sob a forma circular, no intuito de entrar em harmonia com o Universo que nos guia. Permacultura, hortas em formato de mandala, ecologia, mandalas desenhadas nas monoculturas retilíneas de trigo. Pessoas plantando e cantando em roda, girando e bailando com os pés e mãos na sagrada terra e olhos em direção ao céu. O Sol, a Lua.

O retilínio se enveredou por outros caminhos. Criou a rua, a cidade, a auto-estrada, os shopping centers. Corredores e mais corredores em formato labiríntico por onde pessoas andam e andam e andam olhando para as paredes de vidro que as cercam pelos lados. Esta energia criada pela movimentação labiríntica das grandes cidades e dos shopping centers gera uma energia não canalizada. A sensação é de andar sem saber para onde ir, o andar perdido. O falo, o ego.

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