terça-feira, 18 de maio de 2010

Haxixe: o sagrado marginal


(Naga Sadhu, belíssima fotografia de Joshi Daniel.)


" O haxixe era conhecido em todas as terras árabes, mas para uma seita religiosa, o sufismo, ele se tornou parte da própria religião, mais ou menos como o bangue e a ganja entre os hindus. Os sufis - assim chamados porque vestiam lã (suf) como penitência - divergiam dos demais mulçumanos em sua crença de que a iluminação espiritual não podia se ensinada ou recolhida através de percepção racional, mas somente em estados alterados de consciência. O uso do haxixe era um dos métodos para se atingir esse estado de transe. Por causa do haxixe, de sua conduta ascética, e porque provinham sobretudo das classe inferiores, os sufis eram repudiados pelos outros árabes. Ainda assim, eles fortaleciam o vículo entre o haxixe e a espiritualidades árabe, um vínculo que perdura até nossos dias (...) em 1253 as ruas do Cairo estavam cheias de sufis e, conseqüentemente, de haxixe. O cânhamo crescia por todo o Cafour, um jardim no centro da cidade. As autoridades concluíram que a situação estava fora de controle, e todas as plantas de cânhamo foram destruída numa imensa fogueira visível a milhas de distância (...) Muitos povos do norte da África fumam Kif, que transportam num mottoni (bolsa) com duas ou quatro divisões. Cada compartimento contém kif de uma potência diferente, que é oferecido aos convidados segundo o grau de respeito ou de amizade (...) (Págs. 70/71 do "Grande Livro da Cannabis, de Rowan Robinson)

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