"Ao dizermos que compreendemos um símbolo, na realidade captamos apenas um de seus múltiplos aspectos. Um símbolo tem implicações que não conseguimos alcançar. E se ele for por demais abstrato, de tal modo que o meu grau de compreensão atual não me permita atingi-lo, basta eu ficar relaxado para ser tocado por sua energia. Talvez o símbolo não queira dizer nada mais que "fique calmo, quieto e atento, olhando para mim". Quanto mais abstrato e incompreensível for o símbolo visto ou sonhado, mais profundo o nível do qual terá vindo. Cada vez que o recordo, e que penso nele com gratidão e afeto, sou energizado e me coligo com um núcleo mais interno do meu ser. Tal núcleo está sendo representado pelo símbolo e, por isso, quando nos dias subsequentes minha mente se volta para ele, sou colocado em contato com o meu ser profundo, na proporção em que isso pode ser feito na atual fase de minha evolução terrena." (Trigueirinho, A busca da síntese, 1990, p. 15)
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